domingo, 6 de março de 2011

A Religiosidade no Século XX Thomas Hanna


A Religiosidade no Século XX Thomas Hanna
“Negar o presente e afirmar o futuro [foi] a religiosidade do século XX.”
Thomas Hanna

Ao que parece no século XX as pessoas viviam na expectativa do final do milênio, como em outras eras. Viviam preocupadas com seu modo de vida levando em consideração a sua vida futura.
A despeito da realidade vigente, seja debaixo de uma opressão social, ou do sofrimento em qualquer outro nível, o foco maior estava no futuro.
O Apocalipse fala deste futuro glorioso, onde não haverá mais choro nem ranger de dentes.
Os últimos momentos do século X, não foram diferentes do nosso no que diz respeito a esta expectativa do fim do mundo:
“De acordo com um antigo testemunho, uma multidão trêmula de fiéis se acotovelava à luz das velas da Basílica de São Pedro, em Roma, e, aos prantos, esperava pela virada do milênio. Muitos estavam certos de que naquele momento se romperiam as cadeias do santo terror que acompanharia a Segunda Vinda de Cristo e o fim do mundo.” (O Estado de S. Paulo. Disponível em: <www.estado.com.br>. Acesso em: 31 dez. 1999.)
Penso ser esta a idéia de Thomas Hanna, pois as pessoas ao verem a possível segunda vinda de Cristo, seguindo a interpretação de Apocalipse 20 e 21. Que diz respeito aos mil anos, até tem um ditado popular: “Mil passarás, mas a dois não chegarás!”
No século X as pessoas estavam tão presas a idéia do apocalipse eminente que muitos venderam o que tinham e se refugiaram onde achavam que teria uma expiação pela culpa.

“Alguns cristãos estavam de tal modo convencidos de que o apocalipse era iminente que se desfizeram de todos os seus bens e foram se refugiar no magnífico santuário do Vaticano, vestidos de pano de saco e cinzas.” (O Estado de S. Paulo. Disponível em: <www.estado.com.br>. Acesso em: 31 dez. 1999.)

No século XX as pessoas não venderam seus bens, mas muitos procuraram o refúgio nos templos e Igrejas, pensando que o Apocalipse seria eminente. Não se preocupavam-se tanto com o presente, apesar de toda a teologia da prosperidade, estavam mais preocupadas com a salvação de suas almas, com seu futuro. E parece que hoje como se passou este momento houve um esfriamento por parte de muitos, e a busca pelo que é material tem substituído o espiritual. E as religiões que mais crescem promovem de certa forma este desenvolvimento financeiro e material.

(Comentário sobre a frase de Thomas Hanna / Trabalho de Filosofia da Religiao realizada para a FATEBOV no dia 09/08/2008.)

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