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domingo, 6 de março de 2011

OS HOMENS E SUAS CAVERNAS


OS HOMENS E SUAS CAVERNAS

“Prevalecendo o domínio dos midianitas sobre Israel, fizeram estes para si, por causa dos midianitas, as covas que estão nos montes, e as cavernas, e as fortificações. Porque, cada vez que Israel semeava, os midianitas e os amalequitas, como também os povos do Oriente, subiam contra ele. E contra ele se acampavam, destruindo os produtos da terra até à vizinhança de Gaza, e não deixavam em Israel sustento algum, nem ovelhas, nem bois, nem jumentos” (Juízes 6.2-4).

            Todos conhecemos o famoso milionário Bruce Wane, que é o Batman da história em quadrinhos. Aquele super-herói, sem super-poderes, apenas com seu cinto de utilidades vivia em uma caverna. E é ali que recebia os seus chamados para salvar Gotam City. Mas não é só este herói ilusório que inspirado em morcegos vive em cavernas. Todos nós em dado momentos de nossas vidas podemos entrar em cavernas, e ali ficarmos escondidos.
            Gostaria de começar pensando sobre os israelitas no tempo dos juízes devido aos pecados cometidos Deus os entregou durante sete anos. E quando os midianitas e amalequitas, povos guerreiros, vinha contra os israelitas, estes somente podiam se esconder nas cavernas, e verem os inimigos levarem todo o bem que possuíam, como gafanhotos. Afinal estavam sem forças para vencer os inimigos!
            A caverna para eles era símbolo de refúgio, de segurança, mas mesmo assim sofriam e muito porque entravam ali forçados! Para se auto-preservarem. Você já sentiu sendo empurrado para dentro de uma caverna? Pois é o que eles sentiam. Mas pense nos homens que viviam ali! A dor que sentiam de não poder vencer os inimigos e terem que se esconder. Para o homem é algo consumidor não poder lutar e vencer. Mas ás vezes somos tomados de súbito por situações parecidas.
            Outro personagem do tempo dos juízes é Sansão. Este vendo que sua amada fora morta, e após descarregar toda a sua raiva em cima de filisteus, fazendo uma grande carnificina, embrenha-se na rocha de Etã. Ali pensa sobre sua vida. Sente a falta de sua amada. A cada pensamento, a cada momento seu coração apertava ainda mais e via-se vencido pela situação, quem sabe até entrou em uma depressão. O texto diz que ele desceu: “Então, três mil homens de Judá desceram até à fenda da rocha de Etã e disseram a Sansão: Não sabias tu que os filisteus dominam sobre nós? Por que, pois, nos fizeste isto? Ele lhes respondeu: Assim como me fizeram a mim, eu lhes fiz a eles” (Jz 15.11) Sansão entrou ali por vingança! Muitas cavernas estão nos subterrâneos, em lugares escuros. E muitos corações são assim: escabrosos, escuros! As lutas do dia a dia o fizeram assim. O pior de tudo é que no caso de Sansão, ele não pesou a conseqüência de seus atos, e quase uma cidade inteira foi dizimada pelos filisteus.
Quando entramos em uma caverna tendemos a pensar somente em nós e nos esquecemos do mundo lá fora, e muitas vezes de nossa missão, como Sansão.
            Lembra do mito da caverna de Platão? Pois quando algumas pessoas vêm dizer que as sombras que vemos não são nada comparadas à beleza da realidade de fora da caverna, preferimos ficar aqui e imaginar o que seriam tais sombras. Mas ser tirado à força de nossa caverna é algo terrível! Ah! Sansão sentiu angústia ao ver que seus compatriotas o queriam tirar dali, e disse que não tocassem nele, mas o deixassem sair livremente até poderiam amarrar umas cordas nele, mas não deveriam fazer nenhum mal a ele.
É isso o que sente quem está em uma caverna: precisa de tempo, de cuidados especiais. É como se gritassem: Calma que já estou saindo!
            Mas seguindo nesta jornada das cavernas do povo de Deus temos o grande rei Davi! Vencedor de batalhas! Davi entrou em uma caverna por estar em fugindo do ungido do Senhor, Saul. Mas ali ele construiu grandes amizades. Davi percebeu que não somente adiantava fugir de Saul, mas aquele era tempo de reconstrução de sua vida e de outros. Se você observar o texto verá que a Davi se juntaram pessoas marginalizadas: “Ajuntaram-se a ele todos os homens que se achavam em aperto, e todo homem endividado, e todos os amargurados de espírito, e ele se fez chefe deles; e eram com ele uns quatrocentos homens” (1 Sm 20.2).
Percebeu que até agora falei sobre homens!? É nós temos uma tendência maior de irmos para cavernas. É um lugar para repensar a vida! Não gostamos muito de que as mulheres nos vejam em tal situação, afinal somos homens! Mas ainda podemos ver que quando entramos na caverna nossa família sofre. “Davi retirou-se dali e se refugiou na caverna de Adulão; quando ouviram isso seus irmãos e toda a casa de seu pai, desceram ali para ter com ele” (1 Sm 20.1). Olha só a reação de Davi ao perceber que sua família estava ali, em sua caverna: “Dali passou Davi a Mispa de Moabe e disse ao seu rei: Deixa estar meu pai e minha mãe convosco, até que eu saiba o que Deus há de fazer de mim. Trouxe-os perante o rei de Moabe, e com este moraram por todo o tempo que Davi esteve neste lugar seguro” (1 Sm 20.3,4).
Só que a caverna apesar de simbolizar um lugar seguro é apenas por um momento que devemos ficar ali, apesar de que podem existir várias cavernas durantes a nossa vida, pois sempre estamos passando por mudança. “Porém o profeta Gade disse a Davi: Não fiques neste lugar seguro; vai e entra na terra de Judá. Então, Davi saiu e foi para o bosque de Herete” (1 Sm 20.5). Sabe porque disto tudo? Deus quer que lutemos, Deus não quer que fiquemos escondidos! Já ouviu falar em Qunram? Lá foram encontrados os manuscritos do mar morto, algo de grande utilidade para o cristianismo, pois continha o livro do profeta Isaías, e outras partes da Bíblia. Só que aquela civilização, a dos essênios, veio a sucumbir, pelo seu estilo de vida, o se esconder em cavernas e não se relacionarem com outros.
Por fim tem outro personagem bíblico que quero compartilhar com vocês. Pode imaginar quem seja? Se pensou em Elias acertou! Elias era profeta de Deus e Este operara grandes milagres por seu intermédio, porém quando Jezabel o enfrentou, correu como louco e foi se esconder em uma caverna, após se alimentar e antes ter pedido a morte: “Ali, entrou numa caverna, onde passou a noite; e eis que lhe veio a palavra do SENHOR e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?” . Esta pergunta tem ecoado pelos séculos! Pode ouvir Deus lhe falando?: “Que fazes aqui nesta caverna?” Elias fica tão cheio de auto-piedade que diante da pergunta de Deus começa a falar suas qualidades, tipo: “Sempre fui zeloso das coisas do Senhor... sempre obedeci ao Senhor... e já fiz tanta coisa pra Deus!” e ainda pergunta: “Porque isto está acontecendo comigo?” É meu amigo este era Elias! O profeta, aquele que subiu numa carruagem de fogo. Tudo isto está registrado para que possamos perceber que não existem super-heróis, mas sim gente de carne e osso e que carecem da graça e cuidado de Deus. Deus ainda conversa com Elias. Passa um forte vento, mas Deus não está ali, depois um terremoto e novamente nada de Deus, então um fogo, mas Deus não estava ali. Deus surpreende Elias com a Sua Presença numa brisa suave, e ali fala a Elias, e este se põe à entrada da caverna: “13  Ouvindo-o Elias, envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à entrada da caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?” (1 Re 19.13). Novamente a pergunta! E você pôde ouvi-la?
O que você faz nesta caverna? Por que está aí e ainda não saiu?
Será que é só você quem passa por problemas?
Desculpe a franqueza, mas foi o que Deus disse a Elias: “Também conservei em Israel sete mil, todos os joelhos que não se dobraram a Baal, e toda boca que o não beijou.” (1 Re 19.18). Entende! Tem outros que estão firmes também! Pessoas que Deus tem conservado. Como disse Paulo aos Efésos: “saiba que sofrimentos iguais aos vosso estão se cumprindo pela vossa irmandade espalhada pelo mundo á fora”.
Então como sair da caverna?
Primeiramente saiba que a caverna não é de todo mal e ensina muitas coisas, procure aprender, saiba o motivo de você estar ali! E então renda-se à vontade e ao chamado de Deus. Entregue todos os seus problemas, decepções, desilusões, angústias, dores... E então como Deus disse a Elias: “Disse-lhe o SENHOR: Vai, volta ao teu caminho...” (1 Re 19.15a). A minha oração é que Deus o ajude nesta tarefa!
 Em Cristo,
Pr. Uanderson Pereira da Silva.

QUAIS SÃO AS MARCAS DA SUA MISSÃO? WILLIAM CAREY, O HOMEM QUE MARCOU SUA GERAÇÃO! por Marielle Batista Ribeiro


QUAIS SÃO AS MARCAS DA SUA MISSÃO? WILLIAM CAREY, O HOMEM QUE MARCOU SUA GERAÇÃO!

A separação entre teologia e missões tem causado graves problemas à Igreja de Cristo no mundo. Até algum tempo atrás, missões era o resultado inevitável de uma teologia baseada na Palavra de Deus. Vemos isto na vida e obra do grande missionário batista William Carey, que viveu no século passado.  Mas infelizmente a separação entre teologia e missões tem penetrado nas igrejas e organizações missionárias no período moderno, e tem produzido efeitos perniciosos até o dia de hoje.
A afirmação de Michael Green de que "quase todo teólogo não gosta de evangelização e quase todo evangelista não gosta de teologia," é mais verdadeira, infelizmente, do que desejaríamos. Toda reflexão teológica deveria desembocar em subsídios para o esforço expansionista da Igreja de Cristo. Esses esforços, por sua vez, nada mais podem ser do que teologia em ação. Na verdade, quando a nossa prática missionária não é fertilizada e controlada por uma reflexão teológica correta, ela acaba se tornando em ativismo, desempenho estilizado ou simplesmente uma aplicação frenética de métodos.
Filho primogênito de Edmund Carey (m. 1816) e Elizabeth Wells (m. 1787), William Carey nasceu em uma humilde cabana em 17 de agosto de 1761, na pequena vila de Paulerspury, em Northamptonshire, na Inglaterra. Em toda a sua vida, sempre lutou com dificuldades de todo gênero, porém jamais se deixando vencer por elas. Seus companheiros diziam dele: "O que Carey começa, sempre termina". Quando ainda menino, Carey subiu numa árvore para observar um ninho de pássaros. Escorregou e caiu. Com algumas contusões e arranhões, voltou para casa; sua mãe tratou de aplicar-lhe os curativos e colocou-o na cama. Entretanto, sua mãe logo notou a ausência do menino e, quando viu, lá vinha ele chegando com o ninho de pássaros na mão. O menino Carey tinha Cristóvão Colombo (1451-1506) como seu herói favorito, a ponto de receber o apelido de "Colombo". Amava a natureza, colecionava e estudava pássaros, insetos e plantas que encontrava nos campos. Acima de tudo, porém, amava os livros, especialmente os que falavam de viagens e aventuras. Em Piddington, aos quatorze anos, William aprendeu o ofício de sapateiro.
Apesar de nascer em um lar anglicano, sua primeira identificação com a fé genuína foi através de seu companheiro de trabalho, John Warr, filho de um desertor da Igreja Estatal. Em 1779, aos 18 anos, quando ainda estava identificado com a igreja oficial da Inglaterra, experimentou o novo nascimento, passando a freqüentar uma pequena igreja batista. Logo começou a se preparar para pregar. Acumulou muitos conhecimentos, tornando-se poliglota; dominou o latim, grego, hebraico, italiano, francês e holandês, além de diversas ciências. A fim de estudar hebraico caminhava catorze quilômetros para se encontrar com o professor. Assim, aos poucos, entendeu que o mundo era bem maior do que as Ilhas Britânicas e sentiu, como todo o crente verdadeiro deve sentir, a perdição de uma humanidade sem um Salvador.
Em Junho de 1781, casou-se com a jovem Dorothy Placket, da qual teve cinco filhos. No ano de 1775, foi atingido pelo avivamento trazido pelas mensagens de John Wesley e George Whitefield. Apesar de ter sido batizado quando criança, William Carey sentiu a necessidade de confessar sua fé publicamente. Sendo assim, foi batizado nas águas no dia 5 de Outubro de 1783, pelo pastor John Ryland. Na sua pequena oficina pendurou um mapa mundial feito pelas suas próprias mãos. Neste mapa, ele incluíra todas as informações disponíveis: população, flora, fauna, características dos indígenas, etc. Enquanto trabalhava, olhava para ele, orava, sonhava e agia! Foi assim que sentiu mais e mais a chamada de Deus em sua vida. A denominação que Carey pertencia achava-se em grande decadência espiritual. Quando quis introduzir o assunto de missões numa sessão de ministros, foi repreendido pelo veneravél presidente John Ryland, que lhe disse: "Jovem assente-se. Quando Deus resolver converter os pagãos, fa-lo-á sem a sua e a minha ajuda." Mas Carey continuou a sua propaganda pró-missões estrangeiras, e tomando Isaías 54.2 como texto, pregava sobre o tema: "Esperai grandes coisas de Deus; praticai proezas para Deus."
Em 1787, William Carey foi consagrado e começou a pregar sobre a necessidade missionária no mundo, e não só na Inglaterra. Como os membros de sua congregação eram pobres, provendo-lhe o módico ordenado de 15 libras anuais, Carey teve por necessidade continuar trabalhando para ganhar o seu sustento. Costumava dizer: "Meu negócio é estender o Reino de Cristo. Fabrico e remendo sapatos unicamente para ajudar a cobrir minhas despesas". O Sr. Robert Hall (1728-1791), pastor em Arnesby, Leicestershire, foi um dos mentores de Carey no ministério
O resultado foi que um grupo de doze pastores batistas, reunidos na casa de Sra. Beeby Wallis, formaram a Baptist Missionary Society (Sociedade Missionária Batista), no dia 2 de outubro de 1792. Originalmente, o nome da organização era Particular Baptist Society for the Propagation of the Gospel Amongst the Heathen (Sociedade Batista Particular para a Propagação do Evangelho entre os Pagãos). Carey se ofereceu para ser o primeiro missionário. Através do testemunho do Dr. John Thomas (1757-1800), um missionário e médico que trabalhou por vários anos em Bengali, na Índia, William Carey recebeu confirmação de sua chamada no dia 10 de janeiro de 1793. Andrew Fuller (1754-1815), pastor batista em Kettering, tornou-se o principal teólogo do movimento missionário, aliando a profunda teologia da escola calvinista de Jonathan Edwards (1703-1758) com um fervoroso zelo missionário e uma ação pastoral prática e piedosa. Homens como os pastores batistas Samuel Pearce (1766-1799) e John Sutcliff (1752-1814), e John Newton (1725-1807), o conhecido clérigo anglicano e escritor de hinos, foram grandes encorajadores da obra missionária que ele se propôs a realizar.  
Apesar de Carey ter certeza de sua chamada, sua esposa recusou-se a deixar a Inglaterra. Isto muito doeu em seu coração. Foi decidido, no entanto, que seu filho mais velho, Felix, o acompanharia à India. Além deste fator, outro problema que parecia insolúvel era a proibição de qualquer missionário na Índia. Sob tais circunstâncias era inútil pedir licença para entrar, mas mesmo assim, conseguiram embarcar sem o documento no dia 4 de abril de 1793. Ao esperar na Ilha de Wight por outro navio que os levaria à Índia, o comandante recusou levá-los sem a permissão necessária. Com lágrimas nos olhos e o coração apertado, William Carey viu o navio partir e ele ficar. Sua jornada missionária para Índia parecia terminar ali. Porém, Deus, que tem todas as coisas sob controle, tinha outro propósito.
Ao regressar à Londres, a Sociedade Missionária conseguiu reunir recursos e comprar as passagens em um navio dinamarquês. Uma vez mais, Carey rogou à sua esposa que o acompanhasse. Ela ainda persistia na recusa, e ao despedir-se pela segunda vez disse: “Se eu possuísse o mundo inteiro, daria alegremente tudo pelo privilégio de levar-te e os nossos filhos comigo; mas o sentido do meu dever sobrepuja todas as outras considerações. Não posso voltar atrás sem incorrer em culpa para minha alma." Ao se preparar para partir, um dos amigos que iria viajar com Carey, Dr. Thomas, voltou e conversou com Dorothy, esposa de William Carey, e, como que por um milagre, ela decidiu acompanhá-lo. Foi uma imensa alegria para ele, quando viu sua esposa e filhos com as malas prontas a lhe acompanhar! Agora ele compreendia a razão de não haver viajado no primeiro navio. O comandante do navio comoveu-se a ponto de permitir que a família viajasse sem pagar as passagens. Finalmente, no dia 13 de junho de 1793, a bordo do navio Kron Princesa Maria, William Carey, com trinta e três anos, deixou a Inglaterra e nunca mais voltou, partindo para a Índia com sua família, onde, em condições dificílimas e de oposição, trabalhou durante quarenta e um anos. Durante sua viagem, aprendeu suficiente o Bengali, e ao desembarcar, já comunicava com o povo.
Alguns biógrafos dizem que William Carey "não foi dotado de inteligência superior e nem de qualquer dom que deslumbrasse os homens". Entretanto, todos identificam "seu caráter perseverante, com espírito indômito e inconquistável, que completava tudo quanto iniciava". O fato, porém, é que apesar de não haver recebido educação formal em sua mocidade, Carey chegou a ser um dos homens mais eruditos do mundo, no que diz respeito à lingua sânscrito e a outros idiomas orientais. Distinguiu-se notavelmente no campo da lingüística, e suas gramáticas e dicionários são usados ainda hoje.
Decorridos sete anos, o primeiro convertido foi batizado, Krishna Pal (m. 1822), um carpinteiro. Outros missionários se juntaram a Carey. Em 1799, William Ward (1769-1823) e Joshua Marshman (1768-1837) vieram somar esforços. Juntos eles fundaram 26 igrejas, 126 escolas com 10.000 alunos, traduziram as Escrituras em 44 línguas, produziram gramáticas e dicionários, organizaram a primeira missão médica na Índia, seminários, escola para meninas, e o jornal na língua Bengali. Além disso, William Carey foi responsável pela erradicação do costume "suttee", o qual queimava a viúva juntamente com o corpo do defunto numa fogueira. Foi também responsável pela cessação do sacrifício de crianças, que eram atiradas às águas do rio Ganges. Entre os efeitos de seu trabalho estão vários experimentos agrícolas; a fundação da Sociedade de Agricultura e Horticultura na Índia em 1820; a primeira imprensa, fábrica de papel e motor à vapor na Índia; e a tradução da Bíblia em Sânscrito, Bengali, Marati, Telegu e nos idiomas dos Sikhs.
Estudantes dos departamentos de Letras, Literatura e Educação o reconhecem como o 1º tradutor dos grandes clássicos religiosos da literatura indiana, como o Ramayana e o tratado filosófico Samkhya na língua inglesa. Willian Carey traduziu e publicou a Bíblia em 40 línguas diferentes! Ele fundou a 1ª Faculdade Asiática em Serampore, perto de Calcutá; foi professor de Bengali, Sânscrito e Marathi no Fort William College em Calcutá e escreveu o 1º dicionário de sânscrito para estudiosos. Além disso, ele começou dezenas de escolas para crianças de todas as castas. Por mais de 3 mil anos a cultura religiosa proibiu a maioria dos indianos do acesso ao conhecimento, estratégia das altas castas para controlar as castas inferiores. Carey demonstrou tremendo poder espiritual contra os sacerdotes e religiosos. Carey escreveu baladas do evangelho em Bengali para atrair aos cultos hindus que amavam a música e transformou o Bengali – considerada apta somente para mulheres e demônios – na língua mais importante da Índia. Seu objetivo sempre foi criar uma literatura vernácula, nacional.
 Estudantes de história o têm como pai da renascença indiana nos séculos XIX e XX. O ápice intelectual, artístico, arquitetônico e literário da Índia hindu do século XI cessou e declinou com o monismo de Adi Shankaracharya. Todo o racionalismo, modernismo, temas científicos e tudo o mais que enriquece a cultura tornou-se suspeito dentro da cultura. Asceticismo, misticismo, ocultismo, superstição, idolatria, feitiçaria formaram a estrutura e visão de mundo da cultura indiana. Isso tudo em meio à exploração estrangeira e controle Europeu. Carey viu a Índia como um país amado por Deus, onde a verdade deveria reinar. O movimento de Carey culminou no surgimento do nacionalismo indiano e subseqüente movimento pela independência.
 Estudantes de economia o apontam como o precursor da idéia da poupança, um homem que lutou contra a avareza, a cultura de propinas e a usura da época. Juros entre 36-72 % tornam investimentos, indústria, comércio impossíveis, dizia ele! Ele pregou ética na economia e buscou incrementar as relações econômicas entre a Índia e Inglaterra numa época de xenofobia;
 Estudantes de engenharia o tratam como um industrial, que trouxe a máquina a vapor para a Índia, animou os ferreiros a fazerem cópias de suas máquinas; o 1º a utilizar papel indiano para publicação;
 Estudantes de ecologia garantem que Carey foi o 1º a escrever artigos sobre a floresta indiana quase 50 anos antes do governo começar suas tentativas de conservação ambiental em Malabar. Ele defendeu o cultivo da madeira dando conselhos práticos em como plantar árvores com propósitos ambientais, agricultura e comerciais. Deus nos fez responsáveis por toda a terra!
 Estudantes de agronomia o tratam como o fundador da sociedade Agricultura e Horticultura em 1820, 30 anos antes da Sociedade Real de Agricultura ser estabelecida na Inglaterra. Carey fez sistemáticas pesquisas da agricultura e intensas campanhas pela reforma agrária. Tudo isso, por estar horrorizado pelo fato de 3/5 deste bonito país se tornara uma grande selva não cultivada e cheia de feras e serpentes; ele publicou os primeiros livros sobre ciência e história natural na Índia, trouxe o sistema de jardinagem Linnaen e inspirou o nome dum dos três eucaliptos da Índia: Careya Herbacea. Ele freqüentemente palestrou sobre ciência e mostrou como insetos não seriam almas aprisionadas, mas criaturas valiosas de atenção;
 Estudantes de medicina lembram que Carey realizou a 1ª campanha por um tratamento digno aos leprosos. Naquela época eles eram queimados ou enterrados vivos pela crença que um corpo, com um fim violento, transmigraria para uma existência saudável. “Jesus tocou os leprosos”, dizia Carey
 Estudantes de comunicação e marketing o honram como pai da tecnologia da impressão. Ele trouxe a imprensa e publicação e ensinou a utilizá-la além de estabelecer o 1º Jornal em língua oriental, Friend of India, uma força que impulsionou o movimento de reforma social na 1ª metade do XIX.
 Estudantes de sociologia e dos direitos da mulher lembram que ele fez pesquisas sociológicas e publicou artigos para levantar protestos em Bengali e Inglaterra. Ele foi o 1º a levantar-se contra os assassinos cruéis e opressores da mulher indiana. Os homens destruíam as mulheres através da poligamia, genocídio infantil, casamento infantil, queima de viúvas (sati), eutanásia e analfabetismo feminino. Todos esses sancionados pelo hinduísmo e outras religiões. Ele persistiu 25 anos contra o sati até que o edito de 1829 baniu essa prática, alem de abrir escolas para moças e arranjar maridos para viúvas convertidas;
 Estudantes de filosofia asseveram que William Carey reviveu a antiga idéia de que ética e moralidade estão inseparavelmente ligados à religião, enquanto muitos na época separavam a espiritualidade de moralidade. Ele reafirmou que os seres humanos são pecadores e precisam de perdão. Esse ensino revolucionou a espiritualidade indiana que enfatizava meramente a experiência mística individualista;
 Estudantes de astronomia sabem que Carey introduziu o estudo da astronomia na Índia. Ele não acreditava que os astros eram deuses que governavam a vida das pessoas. Profundamente preocupado com os desdobramentos culturais da astrologia: fanatismo, superstição, ele lembrou que homens foram criados para governar a natureza e não vice-versa. Sabia que o sol, lua e planetas são criados para manifestar a glória de Deus e ajudam a dividir as estações, anos e meses e definir direções (norte, sul, leste, oeste). A astronomia liberta enquanto a astrologia aprisiona!
Estudantes de biblioteconomia o aceitam como o pioneiro no empréstimo de bibliotecas para a Ásia. Enquanto os navios britânicos importavam armas e soldados, Carey trouxe livros educativos e sementes nestes mesmos navios. “Livros libertam”, dizia Carey!
Carey morreu aos setenta e três anos, na manhã de 9 de junho de 1834, respeitado por todo o mundo, e considerado por muitos como "o pai de um grande movimento missionário". Seu corpo foi sepultado no "campo missionário". Ao chegar à Índia, os ingleses negaram-lhe permissão para desembarcar. William Wilberforce (1759-1833), o denodado líder do Parlamento (que se empenhou pelo fim do tráfico negreiro), defendeu o direito de Carey e outros missionários de levarem adiante a pregação do Evangelho na índia. Ao morrer Carey, porém, o governo britânico mandou içar as bandeiras a meia haste em honra de um herói que fizera mais para a Índia do que todos os generais britânicos.
Carey acreditava que os missionários devem estudar o pano de fundo e a maneira de pensar dos povos não-cristãos aos quais servem, treinando um ministério indígena o mais prontamente possível. Assim, quando Carey faleceu, os próprios crentes indianos puderam dar continuação à obra, pois havia uma liderança formada. Esse famoso missionário inglês, pastor batista e pai das missões modernas, foi mais do que simplesmente um típico missionário transcultural. Na verdade, ele foi um modelo de líder cristão preocupado com a transformação das culturas, castas e cosmovisões da Índia.
Como você pode perceber, William Carey desejava que o Evangelho de Cristo influenciasse todas as áreas do conhecimento e penetrasse todas as esferas sociais. Ele possuía uma profunda convicção de que o Reino de Deus deve impactar e transformar os valores, as ciências, as idéias, as atitudes e a mentalidade do povo.
Como cristãos, não podemos apenas “salvar almas”, abençoar pessoas espiritualmente (se bem que espiritualmente não signifique “fora do corpo”, alma etérea, mas sim uma ação do Espírito de Deus sobre a vida). Parece que esta ainda é a tendência vigente em muitas igrejas e projetos cristãos: fiquemos com nossas igrejas ambientadas, cultos modernizados e programas contemporâneos! E o mundo lá fora? Que se lixe, que vá para ao inferno!?! Bem, nunca foi essa escatologia escapista ou teologia fatalista que marcaram a visão de William Carey e de muitos outros santos e sábios missionários, encorajados pelo evangelho integral do Senhor Jesus Cristo, bem como do seu irmão Tiago e do apóstolo Paulo de Tarso.
“Esperem grandes coisas de Deus, empreendam grandes coisas para Deus". 

Referência Bibliográfica.

 http://www.cicero.com.br/evangelista/williamcarey.htm acesso em 15 de abril de 2008 às 15h20min

http://www.sepoangol.org/carey.htm acesso em 15 de abril de 2008 às 15h50min.
Marielle Batista Ribeiro

OS EFEITOS DA ADORAÇÃO por Abner Dias Filho

OS EFEITOS DA ADORAÇÃO



A simpatia dos brasileiros pelos cultos mais avivados em nossas igrejas evangélicas, sofreu uma inversão completa nos últimos 30 anos. No entanto, a verdadeira adoração que Deus espera de cada um de nós, não mudou. Ao meditarmos no alto preço pago por Jesus na cruz, chegamos a conclusão que toda minha dedicação em louvar o Senhor é pouca diante do que foi feito por Ele. E mesmo assim continuamos a dedicar nosso tempo às coisas que nos agrada.
Ao dizer – Oh! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união (Sl 133.1) – o salmista expressa o quanto Deus agrada do nosso louvor. Mas a partir de quando, ou melhor, a partir de que ponto o louvor oferecido a Deus tem esse direito de nos satisfazer na condição de servos que somos? Somos capazes de distinguir o que nos agrada e ao mesmo tempo agrada a Deus?
Sempre vejo o louvor a Deus na perspectiva do versículo do livro de Eclesiastes 5.4 “Quando a Deus fizeres algum voto, não tarde em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos: o que votares paga-o”. É a partir deste versículo que entra a segurança no que estamos fazendo. Quando reconhecemos que estamos cumprindo o que propusemos ao nosso Deus, sentimos seguros da condição oferecida. Esta segurança firmada numa vida de santificação faz-nos sentir os efeitos de louvar um Deus verdadeiro. A prática, associada à comunhão entre os irmãos, transforma nossas vidas e enche-nos de alegria, então passamos a por em primeiro lugar o reino de Deus. O louvor a Deus passa a prevalecer em tudo que fazemos, seja em casa, no trabalho, na família e na igreja. É Deus em primeiro lugar.  
Mas o louvar a Deus é de um dinamismo insuperável, com mudanças constantes e tendências novas, cada dia surge idéias e formas de cultuar a Deus. Se perdermos o foco do primeiro amor, ficamos a mercê do nosso idealismo, queremos receber por aquilo que fazemos a Deus. Isso acontece porque olhamos para a superfície, apenas para o presente não visualizamos o significado central do louvor e seu efeito eterno. Dessa forma não conseguiremos agradar a Deus porque nos colocamos a sua frente. As pessoas nos seguem, estamos felizes, irradiantes, centralizados naquilo que nos favorece, mas por outro lado ficamos inseguros dependentes de uma injeção maior de louvor e euforia. Disparamos para uma corrida recheada de críticas e desentendimentos entre irmãos.
O termo “agradar a Deus”, é amplamente apresentado na forma de submissão, é conseqüência da obediência e fé. Mas a liberdade dividida com o homem coloca Deus na condição de esperar para ver. O coração e a mente humana passam a ser vista por Deus, bem antes da atitude e práticas litúrgicas.
A vida cotidiana se transforma numa referência para Deus. O louvor sai das quatro paredes onde há apresentações e expressões mirabolantes, misturados com dedicação e espiritualismo santificado.
É no seu e no meu coração que começa e acontecem os efeitos da adoração: novo homem, seguro, santificado pela graça de Deus, vivendo em comunhão com Deus e as pessoas, trabalhando na evangelização e preocupado com a alegria de Deus.
Estamos experimentando isso em nossa vida?   

Abner Dias Filho
Seminarista da FABAVALE
Abril 2008    

Culto Morto por Geremias de Assis Antunes

CULTO MORTO

Geremias de Assis Antunes

Culto Morto, seria esta uma expressão correta? Existe mesmo o tal Culto Morto? Se existe o que estaria  levando o Culto à Morte?

Provavelmente, você já deve ter ouvido alguém falar e, se ainda não ouviu, pode preparar-se; e dentro dessas hipóteses, talvez você mesmo já tenha proferido tais palavras. O Culto encerrou e ali mesmo no pátio do Templo aparecem os comentários de que o Culto parecia mais um “velório”; o Culto hoje foi “paia”; o Culto estava “frio”;  Enfim, qual seria o tipo de Culto que nos levaria a ter tal sentimento?

“... Eu sei as tuas obras, tens nome de que estás vivo, mas estás morto” [ Apocalipse 3:1 ]

Veja que perigo! Tem aparência de vivo, mas está morto; tem tudo pra estar vivo, mas está morto. É como se num velório estivéssemos e ouvíssemos aquela célebre frase: “Veja, parece que está dormindo”. Mas, com certeza, infelizmente, aquele no caixão está morto, por melhor que seja sua aparência.

Triste é sabermos que essa situação está bem presente em nosso meio. Na Igreja de Cristo, em sua grande parte, muitos  têm vivido apenas de aparência. Vivendo de rótulos e não podemos  negar que apenas um membro do Corpo tem o poder de contaminar todo o Corpo, por causa de uma vida longe da Comunhão com Deus, levando a  atitudes imperfeitas e reprovadas diante do Criador.

A Igreja, destes últimos tempos, está doente; “muitos já morreram e outros ainda estão para morrer”. A todos isto é notório, pois, os Cultos de Oração não são mais os mesmos; as chamadas “séries de conferências” também não são mais as mesmas; o Louvor e a Adoração também não são mais como dantes eram.

O conselho dado à Igreja de Sardes e que serve para muitas Igrejas de hoje é lembrar, guardar e arrepender-se [ verso 3 ]. Lembrar da Sã Doutrina, quando por muitos tem sido esquecida e cada um procura viver do jeito que melhor lhe satisfaz; o lembrar, tão somente, não seria o suficiente necessário seria lembrar e ter na vida e indo ainda mais além o arrependimento.

Quantos, dentro de nossas Igrejas, cantam, tocam, pregam, ensinam na Escola Bíblica Dominical, sentam ao seu lado no banco, mas, infelizmente, tem aparência de estar vivo, mas está morto.

Um morto não pode prestar Culto; um morto é impossibilitado de Adorar; um morto não tem sabedoria; um defunto não tem como temer ao Senhor. Então poderíamos esperar um Culto Vivo? Poderíamos, dentro desse triste aspecto, aguardar uma Adoração Perfeita? De maneira nenhuma.

A indiferença e a falta de vida têm transformado os Cultos em rituais; transformado o momento de Adoração, o qual deveria ser constante, em momentos de tédio e nostalgia.

Mas, pela Graça e Misericórdia do Senhor ainda existem “aqueles que não se contaminaram” pois, buscam a cada dia uma Renovação Espiritual.

Se o seu viver tem sido um “viver morto”, clame pela misericórdia de  Deus; mantenha uma vida de oração e de comunhão com Deus e com os irmãos. Seja forte e ore por aqueles que estão fracos. procure “meditar dia e noite” na Palavra. Se você está morto, conseqüente, o seu Culto e a sua Adoração estarão mortos; todos precisam entender isso. Jesus disse: “...quem crê em mim, ainda que esteja morto viverá”.

Creia você; creiamos nós pois, pára Deus “todas as coisas são possíveis”. Ele tem o Poder de mudar a história.

Amém.



Governador Valadares, 16 de abril de 2008
                                       09h55min

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Entre O Essencial e Tudo Mais


Porque trocamos o essencial pelo transitório, pelo momentaneo?Porque trocamos o que é essencial pelo urgente?Porque trocamos o esencial por “tudo mais” que aparece e parece ser mais importante que O Essencial?

Quando lemos a passagem bíblica de Marta e Maria, percebemos que nosso Coracao fica perplexo ante a resposta de Jesus a Marta, nao porque achamos que seja uma resposta inconveniente, mas porque recriminamos Marta por se ocupar com tudo mais, e elogiamos Maria, pois ela está dentro da vontade de Deus, e nao apenas faz alguna coisa, mas principalmente porque percebe O Essencial.

O Essencial é estar ao lado, aos pés DAquele que é a Essencia de tudo, Jesus.

O tudo mais sao os afazeres, as preocupacoes e precaucoes que tomanos na vida para que tudo esteja bem definido dentro do nosso controle. Na busca indiscriminada por este controle, e por tudo mais, perdemos A Essencia.

É por isto que nao nos importamos mais em ir a Igreja. É por isto que estar com a família, está sempre depois de tudo mais.

Onde voce perdeu sua essencia? Quando foi que deixou o Essencial de lado e comecou a reclamar porque outros nao lhe ajudam, quando na verdades só precisava escolher.

A resposta de Jesus ás indagacoes de Marta, por sua irma Maria estar quieta aos pés de DEle, foi uma mensagem simples e direta: “Ela escolheu a melhor parte!” Ou seja: Ela escolheu O Essencial".

Quero lhe desafiar a nao se perder no vazio do "tudo mais" e escher sua vida do que é Essencial, do que realmente é importante.

Faca uma experiencia esta semana antes de fazer o “tudo mais”, dedique-se ao Essencial. Retire meia hora por dia para orar e ler a Bíblia e peça a Deus que lhe mostre realmente o que Ele tem de esencial para voce e deixe o "tudo mais" de lado e prossiga somente no essencial.

Seguramente “tudo o mais” que voce esta buscando, as respostas as suas perguntas, as lutas que tem enfrentado serao orientadas pelo Essencial e voce poderá me dizer o que Ele fez em sua vida nesta semana de experiencia.

Voce ficara tao impressionado que nao quererá mais deixar O Essencial de lado, pois o Essencial é eterno e o “tudo mais” é passageiro.

Que Deus lhe abencoe muito!


Pr. Uanderson Pereira da Silva.